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Prazer, Rafa Ensinas!

E para defender um programa baseado nesses valores: a defesa radical da igualdade social e colocar no centro aqueles e aquelas que estão na margem da política, estou como pré-candidato a prefeito de São Caetano do Sul, escolhido pela maioria da base do PSOL.

20 ago 2021, 19:45 Tempo de leitura: 3 minutos, 50 segundos
Prazer, Rafa Ensinas!

Nasci em São Caetano, faço parte de uma família que foi parte da formação da nossa cidade. Meus avós maternos eram professores, trabalharam muito para hoje ter uma casa, a mesma que moram há mais de 20 anos. Foi sobre os caminhos que eles construíram que seus filhos e netos seguiram para hoje eu estar aqui nesse texto me apresentando para você.

O compromisso com as lutas sociais vem na minha família desde então, minha avó foi fichada no  Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) durante a Ditadura Militar por ser formada em Ciências Sociais, mostrando o horror que foi esse episódio da nossa história e que jamais deve ser esquecido para que não se repita. Meu avô foi um dos idealizadores da  Universidade Municipal de São Caetano do Sul, tendo o seu nome homenageado como patrono da biblioteca da Universidade. Pelo compromisso com os que vieram antes de nós e com a nossa juventude, é tarefa de um projeto de esquerda radical ter como horizonte a qualificação da Universidade, a ampliação da sua atuação junto a comunidade e, principalmente, a discussão de uma USCS gratuita.

Como todo jovem ativista, minha consciência como agente político e responsável por coletivamente transformar o destino de uma geração, aconteceu na adolescência ao perceber uma sociedade absurdamente desigual em que uns tem tanto, enquanto outros têm tão pouco. Ao perceber isso, não havia outra saída a não ser me organizar, por isso, me filiei ainda em 2017 ao PSOL. 

No partido, entendi que esse sistema que vivemos se estrutura em torno da exploração das trabalhadoras, dos trabalhadores e de todas as formas de vida do planeta, a crise ambiental que vivemos está aí para não deixar rastro de dúvida sobre isso. No PSOL encontrei uma casa, porque é aqui enquanto pessoa LGBT que encontrei uma alternativa que propõe a transformação da sociedade para que toda a opressão de classe, gênero e raça cheguem ao fim, um projeto emancipador. Além disso, sou por anos militante da Juventude Por + Direitos, na linha de frente dos processos de defesa dos direitos da juventude e para construir um novo futuro com emprego, cultura, saúde e educação para a nossa geração. Afinal, quem de nós não conhece um amigo(a) que está desempregado, endividado para pagar a faculdade e sem perspectiva?

A minha vida deu uma guinada a partir de 2020,  porque me reconheci como um homem trans. Isso me fez perceber uma grande necessidade de políticas públicas para as LGBTS da nossa cidade e do protagonismo de luta delas. Somos o país que mais mata transsexuais do mundo, onde 90% dessa população se encontra na prostituição, essas não podem ser nossas únicas alternativas.  

Trazer em meu próprio corpo a marca anti sistêmica é tão significativo que a luta pelo socialismo não é mais apenas uma luta política, mas também uma luta pela minha sobrevivência e de todas as LGBTS também. Levar essa luta para a esfera política é convencer a todos que a luta pelo socialismo é a luta pela sobrevivência da espécie humana e de todas as formas de vida sobre o planeta. Foi para defender essas bandeiras que nas últimas eleições estive como candidato a vice-prefeito junto com o companheiro Horácio Neto.

E para defender um programa baseado nesses valores: a defesa radical da igualdade social e colocar no centro aqueles e aquelas que estão à margem da política, estou como pré-candidato a prefeito de São Caetano do Sul, escolhido pela maioria da base do PSOL.

Com a crise que vive nossa cidade pela irresponsabilidade do ex-prefeito Auricchio e também nosso país sob o governo fascista e negacionista de Jair Bolsonaro, é com a ousadia de apresentar um programa de esquerda que tem orgulho de ser o oposto dos coronéis locais e do bolsonarismo que vamos derrotá-los. 

Nos próximas semanas seguirei utilizando o espaço no site das companheiras das Mulheres por + Direitos para seguirmos conversando sobre a nossa cidade e as propostas do PSOL. Estaremos juntos, pois se dar por vencido ao fascismo é se dar vendido a morte, a miséria, a falta de liberdade, e isso não é uma opção, por isso não lutar não é uma opção. 

Um prazer, Rafa Ensinas!